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7) O santo padre Cruz, (como nós todos costumamos chamar)



            O nascimento de um santo tem repercussões de eternidade, pois
          um santo não é apenas um lutador que venceu o bom combate ou um
          fiel servidor que adquiriu o hábito do dever.
            A santidade é uma aventura fascinante!
            Contudo, os santos, também são homens e mulheres fragilizados
          pela  queda  de  Adão:  têm  tentações,  têm  como  nós,  dificuldades

          e problemas, como nós, têm fome e sede, calor e frio, trabalham,
          cansam-se, têm dores, adoecem… e também são capazes de apreciar
          as comodidades, saborear os legítimos prazeres e sentir a alegria de
          ser amado.
            E quando, ao deixarem o que o mundo lhes oferece, de lícito e bom,
          para uma entrega total a Deus e aos outros, no serviço e na caridade,
          vivendo, em alegria íntima, todas as consequências dessa escolha, aí
          a graça de Deus actua! Deus toca-lhes, corrigindo a própria natureza
          humana e, quando isto acontece, está nascendo um santo!

            No Padre Cruz, tudo foi fruto da sua resposta ao dom de Deus, da
          sua abertura à graça de Deus. Ele deixou-se tocar pelo Amor de Deus
          que o dominou e venceu.


            8) A outra face do padre Cruz


            Por causa deste amor a Cristo e aos irmãos, o padre Cruz conheceu

          o ódio e a humilhação;  esteve preso, tentaram  apedrejá-lo, ouviu
          insultos e gritos de «morram os padres»; cuspiram-lhe no rosto. (O
          «Santo» Padre Cruz, de M. Joana Leal – pág. 163, 7ª ed.) A tudo
          isto o padre Cruz respondeu com humildade e mansidão, perdoando
          e, pagando o insulto com uma palavra doce e caritativa. Mas não



          60              GRAÇAS DO PADRE CRUZ SJ
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